Seja bem-vindo
Natal,20/05/2025

  • A +
  • A -

Israel autoriza entrada em Gaza de 100 caminhões de ajuda da ONU

Território em guerra está há 11 semanas sem qualquer ajuda


Israel autoriza entrada em Gaza de 100 caminhões de ajuda da ONU



A ONU foi autorizada por Israel a levar “cerca de 100” caminhões de ajuda humanitária para o território palestino da Faixa de Gaza, anunciou hoje o porta-voz do Gabinete de Assuntos Humanitários da organização, Jens Laerke.

Segundo adiantou o porta-voz em coletiva de imprensa, a autorização para as Nações Unidas também permitirá que organização recupere os primeiros cinco caminhões de ajuda enviados desde que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou que autorizaria a entrada de uma “quantidade básica de alimentos" para evitar a fome em Gaza.

    Desde o dia 2 de março nenhuma ajuda humanitária foi autorizada a entrar no território, provocando, segundo as agências da ONU e organizações não-governamentais (ONG) que trabalham em Gaza, a escassez de alimentos, água potável, combustível e medicamentos no território palestino, em guerra há mais de 19 meses.

    A situação indignou várias organizações internacionais, como o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), cujo dirigente, Tom Fletcher, classificou a quantidade de ajuda autorizada hoje como “lamentável”.



    Bombardeios



    Também a agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA (na sigla em inglês) denunciou nesta terça-feira que “a única coisa que entra em Gaza são bombas”, em uma referência às dificuldades de entrada de ajuda humanitária apesar de Israel ter levantado o bloqueio.




    “A intensificação dos bombardeios israelenses por via aérea, terrestre e marítima causou centenas de vítimas e deslocamento em massa. Durante 11 semanas, as autoridades israelenses bloquearam deliberadamente todos os mantimentos para Gaza”, lembrou a UNRWA em comunicado.




    Segundo o informe, “a Faixa de Gaza enfrenta provavelmente a sua pior crise humanitária desde outubro de 2023”, quando teve início a ofensiva de Israel em resposta aos ataques de 7 de outubro de 2023 realizados pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras facções palestinas.



    Da mesma forma a Oxfam Intermón – a filial espanhola da confederação de combate à pobreza – considerou que “o fluxo limitado” de ajuda para Gaza “não representa qualquer progresso” e apelou para a abertura de “corredores seguros” para permitir uma resposta humanitária “completa e adequada”.



    A organização pediu ainda o fim dos “bombardeios incessantes” para que a situação não siga se agravando.



    Lembrando que há mais de 70 dias Israel priva a população palestina de alimentos, água, medicamentos e mantimentos essenciais, ao mesmo tempo que intensifica a campanha de bombardeios, o líder da Osfam Intermón, Wassem Mushtaha, afirmou que dois milhões de pessoas estão à beira da fome.



    As pessoas “estão famintas, e também traumatizadas, doentes e deslocadas das suas casas”, alertou.



    Por isso, acrescentou, “o fluxo limitado de ajuda para Gaza não pode ser confundido com um progresso significativo, especialmente tendo em conta a expansão da brutal campanha de bombardeios de Israel na Faixa de Gaza”.



    Esta autorização de acesso de alguns caminhões com ajuda “não é um ponto de virada, mas sim, na melhor das hipóteses, uma pequena concessão que parece refletir a crescente pressão internacional”, acrescentou.



    Israel bloqueou a entrada de qualquer ajuda humanitária ao território palestino em 2 de março, quando quebrou o cessar-fogo que estava em curso entre Telavive e o Hamas.


    Agência Brasil




    COMENTÁRIOS

    Buscar

    Alterar Local

    Anuncie Aqui

    Escolha abaixo onde deseja anunciar.

    Efetue o Login

    Recuperar Senha

    Baixe o Nosso Aplicativo!

    Tenha todas as novidades na palma da sua mão.